sexta-feira, 4 de maio de 2007

DRAMA

Uma Menina perdida ?
Raptada?
Uma situação horrível que já faz aparecerem acusações de todos os lados.
Para os Ingleses a nossa polícia não é eficaz, quando temos visto a forma como todos em conjunto desde ontem procuram a criança.
Para outros é impensável deixar três filhos de tenra idade sozinhos e ir jantar mesmo sendo ali ao lado.
Há pouco ao ouvir as notícias lembrei-me do dia em que fui ao Pão de Açúcar, eu com a Ana, que nesse dia fazia 3 anos e dizia a toda a gente que passava que dia importante era aquele, para que ela não me escapasse meti-a dentro do carrinho de compras, o Pai fez o mesmo ao André, noutro carrinho, que tinha na altura 5 anos.
Fomos fazendo as compras, eu olhei para o lado, fui à prateleira buscar gelatinas e a Menina dos anos tinha desaparecido, corri que nem louca pelo supermercado, já chorava, ela tinha dito a toda a gente que fazia anos, um casal tinha estado a meter-se com ela, tudo me veio à cabeça, o Pai dizia «como a deixaste sair do carro?», o André dizia «não chores Mãe, ela aparece».
Daí a alguns minutos, que pareceram horas, ao microfone chamavam os Pais da Ana com o nome todo, e também já toda a segurança sabia que ela fazia anos.
Eu achava que nunca perderia um filho de vista e naquele dia perdi, não consigo julgar ninguém, se soubesse rezar ou fazer magia sei que hoje a faria para que aqueles Pais hoje, agora, pudessem abraçar aquela filha.

5 comentários:

david santos disse...

Olá!
Grande texto, Bolinha! Muito duro, mas enorme em sentimento.
Parabéns e tem um bom fim-de-semana.

JR disse...

Para além da dimensão policial do caso, e respeitando a dor dos pais, há no entanto uma reflexão que não deve deixar de ser feita: é pura irresponsabilidade deixar três filhos de tão tenra idade (um par de gémeos de dois anos e Madeleine de três) sozinhos em casa, ainda para mais num país estrangeiro e por isso desconhecido.

Um casal de médicos tem maior obrigação de o saber porque, para além de conhecer o mundo e a maldade que se esconde no ser humano, pode e deve avaliar todo o conjunto de problemas e acidentes que crianças dessa idade têm tendência a provocar estando libertas da necessária vigilância de um adulto.
In DN 26.05.07
Bêjo Adelina

CaCo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CaCo disse...

Lembro-me de um casal que deixou 2 filhas sozinhas em casa, uma de 4 e outra de 5 anos, para ir à Costa da Caparica beber um café. Ao toque da campainha, a mais velha, e mais esperta, perguntou se era algum amigo do papá. Perante a resposta afirmativa, a porta foi aberta e as meninas metidas na cama pelo Senhor que era, felizmente, amigo. Rumou o dito à Costa da Caparica, que na época só devia ter um café aberto, e lá encontrou os papás a quem soube descompor convenientemente.

Alda Serras disse...

Foi grande a irresponsabilidade dos pais e graves e penosas as suas consequências.